"Everyone brings joy into my life: some
when they enter and others when they leave."
Em um ensolarado fim de semana numa cidadezinha perto de Houston, no Texas, eu conheci Dorothy Reeves. Avó da Altrivice, amiga para a qual seria necessário criar todo um blog novo só pra dar conta da importância que tem em minha vida.
Nesse meu primeiro weekend texano, Altri me levou pra conhecer sua família. E eu me hospedei na casa de sua avó. Não vou falar dessas 48 horas, as mais importantes do meu intercâmbio (escrevo sobre isso, com prazer, um outro dia). Mas para falar do que quero neste post, decidi partir das sábias palavras de minha avó texana, postadas por sua neta no Facebook esses dias. Pra quem não está familiarizado com o inglês, "Todo mundo traz alegria à minha vida: alguns quando entram e outros quando se vão." Ah, como eu sinto falta da Grandma!
Então. Vocês bem sabem que minha já intensa vida tem passado por momentos ainda mais intensos. E eu tenho pensado muito na vida, porque a minha chegou num ponto em que só há espaço para a transformação: agora é mudar ou mudar.
Nesse processo, e quase paralelamente, duas pessoas têm me ajudado bastante a crescer. Uma que se foi, outra que chegou. Ambas igual e definitivamente importantes pra mim.
Provavelmente o que minha Grandma Dorothy quis dizer com "pessoas que nos fazem feliz ao sair" são aquelas malas que só nos dão sossego quando se vão. Mas no meu caso nem foi assim. Especialmente porque quem se foi, foi-se (fisicamente) pra sempre, e isso não foi bom. Eu amadureci justamente com a perda. Meu amor que se foi me ensinou até o fim, e a cada dia eu penso e eu lembro e eu procuro não esquecer o que eu aprendi, tanto pra não cometer os erros quanto para conseguir os acertos. Acima de tudo, esse alguém me trouxe alegria justamente me ensinando a importância da alegria, de se viver com alegria, de se superar, de não fazer drama, de rir. De dar mais importância à luz que à treva (que só existe pra que a gente lembre de valorizar a luz na nossa vida). Serei eternamente grato, e espero nunca, nunca desaprender a lição.
E por uns dois anos, vocês também sabem, eu esperei pacientemente por quem chegou agora. "Olha esse, que lindo!", eu disse (pro meu amigo Vitor) da primeira vez que vi. Estava praticamente na minha frente, mas do alto da (falsa) segurança de quem tá sozinho numa festa à procura dos amigos, olhou com cara de bravo pro horizonte e certamente nem me ouviu. Ali, naquele mesmo lugar, algumas semanas depois, até manteve a cara de bravo, mas chegou. E só me tem trazido alegria. Muita, muita alegria. Uma alegria que me transforma e me faz querer melhorar todo dia, me dá coragem de melhorar todo dia. Na hora certa veio e me desconcertou, me consertando das maneiras mais inacreditáveis. E me enche de carinho de um jeito que eu nem sabia que tinha como.
Às vezes eu me vejo muito em um. E por isso mesmo tento não fazer como fez o outro. Ou melhor: tento ser para um o que de melhor foi para mim o outro.
Pode parecer comparação ou coisa do tipo. Nem é. Não mesmo. São, como todos somos, criaturas únicas. Realmente só mesclei as histórias porque a partida de um foi quase simultânea à chegada do outro, nessas ironias e circularidades da vida. Sou muito grato aos dois, muito. Assim como sou grato a qualquer pessoa que me traga alegria na vida.
A citação da minha avó texana termina com "Today will be a joy-filled
day!". E eu tenho certeza que ela está certa mais uma vez: Sim, Grandma, "Hoje vai ser um dia cheio de alegria". Pra todos nós!
Obrigado Grandma, obrigado Altri. Obrigado Tomui.
E muito, muito obrigado a você, Goku. É tanta admiração (mas tanta!) e tanto amor que eu vou sentindo cada vez mais por você que eu nem sei, viu? ♥
Besos a todos.